terça-feira, 22 de março de 2011

coisas de ogro

   a minha vida esta tao estranha
eu me vejo perdido em meio a coisas que eu nao deveria fazer (sentir)
essa maldita solidao esta me atrapalhando

segunda-feira, 21 de março de 2011

Partida

Ao som do abandono
O coração aflito
Cansado, marcado,
Lamenta ter morrido

Ao som da partida
As palavras vazias
Enquadram-se, perfeitamente,
Na tristeza da poesia

Ao som do caminho
Onde um velho destino
Perpetua meu sofrer

Ao som do carinho
Afaga com frio
Meu ser...

sexta-feira, 11 de março de 2011

......

o aluguel consome o meu salário
o relógio consome o meu tempo
o calendário consome os meus dias
o trabalho consome minha energia
meu corpo consome minha alma
o mundo consome minha alegria
a poesia consome minha tristeza
o espelho consome minha vaidade
o ego consome minha vontade
o espírito consome a verdade
o dinheiro consome o consumo
o consumo consome a sociedade
a sociedade consome somente a imagem
tudo está sendo consumido,
neste presente minuto infindável
o mundo está sendo consumado

......

Na escuridão caminho
sob o impulso do desejo
descortino no horizonte
a vontade de um beijo
O louco desatino
de sempre sonhar acordado
amanheço no sofá
com o corpo desajeitado
água fria no rosto
somente para despertar
saber que foi um sonho,
e ela nunca vai voltar
um tira gosto solitário,
no bar uma cerveja
conto piadas,
passo o tempo,
espero a hora derradeira
a morte é uma certeza
temporário é o destino
ilusório é o canto
o intuito é o grito
liberdade para os fortes
paixão para os fracos
a corrente do desejo
é o peso da vontade
os grilhões do receio
o medo da liberdade
sintonizo na frequencia
de sua carnal energia
menos um dia
me aproximo da alegria

sexta-feira, 4 de março de 2011

O PRIMEIRO AMOR

Se eu pudesse estar em seus sonhos
Se eu pudesse te fazer feliz
Se eu pudesse ganhar um sorriso
Nas horas que estou tão aflito
Falar de amor pra você

Se seus olhos pudessem me ver
Nas noites que penso em você
A chuva caindo lá fora
O amor me consome e agora
Eu luto pra tentar esquecer

Se eu pudesse te dar minha mão
E levasse você às estrelas
Eu abriria o meu coração...
Mas, chorando com minha canção
Eu deliro pensando em você

Aflora a minha alma vazia
O amor eu enfim conheci
Um dia talvez eu te encontre
E sorrindo talvez até cante
As canções inspiradas em ti.

Em busca do sono

O que acontece quando a felicidade
lhe faz mágoas,tristeza
não lhe conforta a dor imensa
causada por uma grande saudade

Talvez só ou quem sabe
noutra vida ou lugar
possa preencher esse vázio
esse espaço em sua alma

Talvez só e não acompanhado
que ele então consiga viver
talvez um sorriso sincero
causado por algum tipo de prazer

Talvez o fim seja o certo
o começo algo sem razão
sentimentos atrapalham
causam feridas de emoção

Talvez só seco realmente
ele consiga ser feliz
voltando a ganhar no peito dor
e carregar outra cicatriz

Talvez a vida se encarregue
dos motivos embaraçosos
talvez culpidos preguiçosos
trabalhem pra você
talvez o tempo não cure
mais outras companhias venham suprir
este vázio completo
que este alguém deixou ao ir
isso corrói o espaço
e destrói todo sentimento
faz do Mundo tristeza por longos momentos
da vida tragédia sempre que se lembre

Talvez só ou quem sabe
acompanhado de vários amores
ele consiga esquecer as dores
que não lhe deixam em paz dormir...

terça-feira, 1 de março de 2011

Texto livre

O texto quer ser livre pra voar
Livre pra pensar
Escolher o que quer ser
Sentir o abismo e saltar
Na escuridão se perder.

O texto quer ser livre para errar
Pecar até o pecado perdoar
Repetir até enjoar
Desprezar o bonito
Abraçar o esquisito.

O texto quer liberdade
Ar puro e simplicidade
Andar, correr, tropeçar
Ir ao inferno e voltar
Procurar até chegar.

Com ou sem contexto
Deixe em paz o texto
Perdoe seu defeito
Aceite seu jeito
Ser imperfeito é seu direito.

CIDADE GRANDE, MUNDO CÃO

Hoje eu quero solidão
Cidade grande
Mundo cão
Coleira, corrente e focinheira
Já não dão vazão
É olho por olho
Dente por dente
A mordida é forte
Mas ninguém sente
Tudo errado
Conforme o planejado
Seguimos iguais:
Indiferentes.

Hoje eu não quero solução
Cidade grande
Mundo cão
Mãos ao alto!
Isto é um assalto!
Na areia ou no asfalto
Corta-se a fé cega
Com a faca amolada
Tudo errado
Conforme o planejado
Seguimos em frente:
Indiferentes

Hoje eu quero satisfação
Nada de demasiadas palavras
Cidade grande
Mundo cão
Mundo caótico
Os latidos não afastam o ladrão
Tudo frenético
Tudo neurótico
São seis horas da tarde
Minha garganta ainda arde
Minha inocência se perde
A fumaça negra me dá constipação
Aonde eu estava que não vi aquela construção?
Tudo é difícil aqui
Mas ninguém parece querer saber
Seguimos iguais:
Indiferentes

talvez

Mesmo que seja pouco, todo Amor que houver nessa vida
Mesmo com toda dor, de uma promessa esquecida
As lágrimas que correm pelo rosto
Tem um gosto de ferida


Pode a eternidade, bater em minha porta
O infinito sussurrar em meu ouvido
Coisas que grita meu coração
Quais nunca dei ouvido


Que pare o tempo, se faça ausente
Meu melhor momento
Soa triste como o vento
Sem saber qual seu contentamento


E se muito for, o pouco do Amor
Que ainda me resta
Lembranças, nascerão dessa promessa
Tendo em mãos, a infinita eternidade
Que é tudo que me resta.